sábado, 26 de fevereiro de 2011

O querer nem sempre é poder e muito menos ter. Quero coisas que nunca poderei ter,

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Temas não relacionados

Nano, nano, nano,
Rutina, crosslinker,
Permeação cutânea
Efeito dérmico
Efeito vascular
Efeito antioxidante
Estequiometria de reação de reticulação
Qual utilidade disso tudo? Para quem? Para quê? Por quê?

Epidemiologia,
Utilização racional de medicamentos,
Estudo sobre medicamentos,
Questionários, pesquisa de campo,
Bioestatística,
Sem equipamentos, sem materiais de consumo,
Análise populacional,
Caracterização de consumo,
Auto medicação,
...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

De volta à bancada

Erlenmeyer, Bureta, Agitador magnético
Glutaraldeído, Gelatina B, Bloom 225, Acetona
Água Milli Q ...

Dessolvatação, Ponto Isoelétrico, pH
Formação de turbidez,
Formação de precipitado,
Fase de purificação,
Proteínas de baixo peso molecular
Fluxo de gotejamento
Velocidade de agitação
Temperatura de aquecimento
Micropipeta e ponteira

Medição de potencial Zeta
Medição de diâmetro médio

Zeta sizer, Synth, Sigma, Eppendorf !!!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

A metade do nada



Nas últimas semanas, mulheres e homens italianos tem se manifestado publicamente sobre a situação feminina na Itália. O estopim desse movimento foi o notório comportamento machista de Sílvio Berlusconi, que ainda é o primeiro-ministro do país, e que mais uma vez ocupa a mídia mundial devido a escândalos sexuais.
"A metade do nada" foi como a ex-esposa de Berlusconi, Veronica Lario, definiu a condição da mulher na Itália país no qual a violência contra a mulher é elevada (quase 45% da população feminina já sofreu violência sexual, física ou psicológica e cerca de 70% desse número foi vítima do próprio parceiro), a diferença salarial entre homens e mulheres é grande e o número de mulheres em cargos de liderança política ou empresarial é pequeno.
Cada povo tem seu tipo de beleza e o da mulher italiana ficou conhecido como o de formas nada modestas e de traços faciais marcados por nariz, boca e olhos nada discretos. O modo brusco e grosseiro dos italianos aliados à percepção sexista de homens como Berlusconi que entendem que essa embalagem carece de conteúdo inteligente faz com que conselhos do tipo "procure um homem rico para se casar" sejam dados às jovens italianas que ambicionam a independência econômica.
Parte de minha origem é italiana e eu me envergonho e me enojo com a situação da mulher no país de meus antepassados. Minha nona era inteligente, fisicamente forte e bonita e graças a esses atributos ela conseguiu parir 9 filhos, criá-los e enterrar alguns em terra diferente da sua, trabalhar na lavoura com um marido que morreu aos 35 anos, casar-se pela segunda vez e ter mais 2 filhos.
"A Itália não é um bordel!" é uma das frases escritas nos cartazes dos que tem ido às ruas. Tenho simpatia, me solidarizo e apoio esse movimento mas seria ingenuidade acreditar que mudanças de comportamento em relação a um preconceito arraigado há tanto tempo irão acontecer de um dia para o outro. Mudanças podem e devem acontecer, mas elas serão lentas. A manifestação popular junto com o apoio de entidades não governamentais internas e internacionais serão fundamentais para manter o assunto em foco e fomentar esse processo.
A situação da mulher em território brasileiro não é lá muito diferente da mulher italiana, mas o prognóstico do Brasil é muito mais promissor. Diga-se de passagem que existe uma mulher no cargo político mais importante do país e confesso que fui uma das pessoas responsáveis por isso e que até agora não me arrependo da escolha que fiz.

referência da imagem: Reuters (publicada pelo "Jornal de Londrina" em 13/02/2011)

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Indo embora


Cumbica, nuvem baixa ou nevoeiro em tupi-guarani. Pelo significado do nome, não seria o lugar mais indicado para a construção de um aeroporto, mas é bem num cumbica que está o aeroporto internacional de Guarulhos.
Passeio, trabalho, estudo, seja lá qual for o motivo, diariamente, milhares de pessoas passam pelo aeroporto de Cumbica, indo e vindo, num frenesi intenso que ocupa as 24 horas do dia.
A ida é sempre tensa pois é o sair do conforto, deixar as caras e as rotinas conhecidas e chegar ao novo. A vinda, é o retorno e, geralmente, é bem mais tranquila pois quando se volta, se volta para alguém e para algum lugar que já foi nosso algum dia.
Chegar 4 horas antes para despachar as malas, fazer palhaçadas com quem foi acompanhar, se despedir tentando não ser tão emotivo (ou abrindo o choro sem cerimônias) e depois aguardar sozinho na área de embarque até que se forme a fila para entrar no avião. Depois disso, é curtir o serviço de bordo e procurar adaptar o corpo ao ambiente pressurizado. Às vezes ficamos inchados, enjoados e não conseguimos dormir mas em algumas horas chega-se a lugares totalmente diferentes que em alguns casos se tornarão a nova casa.
Com as tecnologia modernas, a comunicação com os queridos que se vão é mais simples e por isso a distância de um oceano e mais alguns km de terra, parece ser muito menor do que os quase 10 mil km que os mapas dizem existir entre os lugares em que estaremos. Com a transmissão da imagem e voz, irá parecer que é só atravessar o monitor para podermos estar perto.
Mas e o tempo? Como lidar com ele?
O tempo passa, não há como pará-lo. Muita coisa vai acontecer. Algumas já são previstas e planejadas, mas outras são inesperadas e exatamente por isso são impossíveis de prever.
O resultado do binômio "tempo + espaço" será saudade e aprender a conviver com ela não será uma escolha mas uma obrigação.
A distância e o tempo serão bem grandes, mas a história que já existe e todo o carinho e respeito até aqui sedimentados serão a certeza de que nossa história continuará viva em nossas memórias.
As próximas experiências nos tornarão muito diferentes do que somos hoje e quero acreditar que seremos pessoas melhores. Será preciso esforço para lidar com a novidade e para manter o bom ânimo frente às dificuldades. Mas já sabemos que será assim, não é?
Que os cuidados de Deus permaneçam sobre sua vida nesse tempo em que seus queridos não poderão estar ao teu lado; que você tenha sabedoria para lidar e aprender com as situações novas; que novas pessoas possam te fazer companhia e te serem apoio, pois, como já disse Hemingway "ninguém é uma ilha".
Que o tempo passe logo e que chegue logo o dia de ir ao aeroporto de novo, seja ele brasileiro ou europeu, não para uma despedida mas para um reencontro.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Divagando muito vagamente


Olhar para o futuro é olhar para o nada pois o futuro é uma possibilidade que pode ou não se tornar real. Quando o futuro virar presente, nem sempre será a materialização de um desejo pessoal. Algumas vezes, um desejo pessoal e individual só se tornará real na coletividade ou no compartilhamento com uma outra pessoa e aí, apesar do prazer pessoal, o futuro passa a ser plural e não mais singular. O olhar da possibilidade individual encontrou ressonância e o nada criou forma e nome e se tornou realidade ...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Mexa-se


O sono chega
os olhos ardem
não querem ficar abertos
a cabeça pesa
quer um travesseiro para se recostar
o corpo sente
sente vontade de deitar-se
de enrolar-se
de aquietar-se

Mas ainda não é hora
não é hora agora
Apesar da vontade de descansar
ainda não será agora

Lave o rosto com água fria
e comece a se mexer
falta só mais um pouco
Coragem !

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Maternizando


Gerado na carne
e gerado na alma
Algumas vezes só na carne
Outras vezes só na alma
Abrir as cortinas da vida
cuidar, orientar, ensinar
conviver, amar,
Amar a vida toda
Amar por toda a vida
Uma extensão de mim
Um alguém que não sou eu
Mas em quem me vejo a cada dia
A carne envelhece e não te pode mais
A alma amadurece e te deseja mais e mais

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Aceitando as rotinas


Por muito tempo, fiz parte do grupo que se dizia avesso às rotinas. Mas o tempo passa, as experiências se acumulam e ajudam a renovar as percepções e a desconstruir conceitos.
Tenho aprendido que o estabelecimento de rotinas, ou seja, atividades que se repetem em determinado espaço de tempo, é um requisito importante para a manutenção do equilíbrio pessoal e para o atingimento de objetivos.
As rotinas não são prisões mas sim um jeito organizado de se viver.
Existem prisões pessoais que fazem das rotinas uma bitola estreita da qual não se pode desviar jamais. Podem ser uma situação patológica e aí é preciso identificar, analisar e tratar cada caso com o devido cuidado, seja ele farmacológico, seja ele psicoterapêutico.
Quando o plano de fundo não é patológico, existe a liberdade de se escolher por outros caminhos e de se viver com a responsabilidade das consequências das escolhas.
Que a Graça da lucidez possa estar presente para se entender que mudanças podem acontecer dentro das rotinas e que as rotinas também podem ser mudadas sempre que novos caminhos precisarem ser trilhados.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Rotinas são repetições programadas de atividades. Nas entrevistas de empregos é muito comum, principalmente quando se é recém-formado, repetir o jargão "eu detesto rotina". Talvez por não entender direito o que a palavra signifique pois qualquer trabalho terá alguma rotina.
Esse ciclo de repetições pode trazer segurança poi
Algumas pessoas estabelecem "rotinas de felicidade" e repetem uma sequencia de atividades que trazem equilíbrio e organizção ao espaço de tempo de um dia.