terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Embalagens ambulantes
Nosso corpo é uma embalagem para conteúdos físicos e conteúdos muito além da matéria. Se o conteúdo físico é o que há em comum, o conteúdo não-físico é que deveria ser o diferencial entres os seres que se denominam "humanos". Mas ... como o acesso a esse recheio antimatéria depende de sentidos que vão além do visual, o valor de um ser que se chama "humano" acaba sendo mensurado pelo que é visto e assim nascem os padrões de beleza física que a cada geração encontram expressões e avaliações diversas. Que bom seria se o olhar para o corpo físico fosse desprovido de julgamento estético e o valor do ser humano estivesse além de cores, tamanhos e texturas. Que bom seria se o corpo fosse apenas um veículo de transporte para a antimatéria pensante e pulsante. Preconceitos raciais e físicos não teriam espaço e nem razão para existir. Mas ... outros preconceitos existiriam e talvez o antitexto desse texto seria um em que a necessidade de uma capa para esconder e enfeitar a antimatéria fosse a necessidade gritante para que os seres "humanos" conseguissem conviver em sociedade, cada um dentro de seu casulo pessoal, expondo somente gotículas desse ser interno. A exposição das entranhas do ser ... é um tipo de concepção não sustentável para a dimensão física do espaço-tempo em que os humanos estão mergulhados. Talvez não aqui, talvez não agora,talvez no não-espaço e no não-tempo.
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Não seria uma discussão sobre o tal "Wikileaks pessoa-física" que já provoquei também?
ResponderExcluirbeijo carinhoso.
liberdade, beleza e Graça...
Viu só? Eu disse que teu texto tinha me incomodado. Tá aqui mais um resultado além do que já postei no teu blog. A quem interessar possa, recomendo a leitura:
ResponderExcluirhttp://cleintongael.blogspot.com/