Samba de roda, bombom Sonho de Valsa, paçoquinha Amor, camisa do Corintians, depoimento gravado, painel de fotos, discursos das filhas, rezas dos que acreditam em Deus, só para eles, pois você se dizia ateu mas talvez fosse um agnóstico.
Um ser pulsante, pensante, política e socialmente engajado.
Samba da Portela de saideira, hora de fechar o caixote de madeira, seu neto diz "Hora de carregar o véio" e com um ar meio inconsciente e ébrio de quem parece que não sabe ao certo o que acontece, parte para ajudar outros 5 que te carregavam. Hora de arrumar a bagunça, tirar as fotos, juntar a comida e a bebida, levar as flores...
Você já esteve nas despedidas de muitas pessoas nesse mesmo lugar. Mas dessa vez as letras do painel formaram o teu nome. Lá vamos nós, passar por corredores onde fotos nos olham e datas marcam o começo e o fim de tantas histórias. Nada de luxo, tudo muito simples. Dando a cada um conforme a sua necessidade e a tua agora é a de um buraco e de algumas pás de terra para te cobrir. E lá vai o que você precisa agora, à terra, e nós, à vida.
Silêncio. Fermata.
o bom é que com a fermata se segura o tempo que quiser.
ResponderExcluiré isso aí
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