sábado, 30 de abril de 2011

Desviuvando

Quando a viuvez chega, a sensação que fica é que a metade de nosso ser se foi. Para permitir-se continuar vivo após o luto é necessário entender e aceitar que cada pessoa não é "meia pessoa" mas sim um ser único e inteiro. O outro que chega em nossa vida complementa e compartilha, deixando a existência muito mais rica, mas não dos faz sermos mais inteiros do que já somos. O aprender a caminhar sem a presença física de um ser amado que deixou de existir é uma premissa de sobrevivência pois viver pela metade uma vida que é inteira é privar-se da intensidade que cada experiência que o mundo dos vivos pode dar.

Usando-se para o bem do outrem



Shemar Moore é um ator estadounidense que interpreta o detetive Derek Morgan no seriado "Criminal Minds". Seu personagem é um ex-policial de Chicago que passou a fazer parte do grupo de análise comportamental do FBI que busca solucionar crimes estudando pistas que indiquem como funciona a mente do criminoso. Derek além de ter a habilidade de analisar perfis psicológicos também representa o lado truculento da equipe devido ao seu porte físico, musculatura privilegiada e experiência como agente nas ruas de uma cidade grande. Derek é assim pois Shemar é esportista e cuida muitíssimo bem de seu físico. Atualmente ele tem pouco mais de 40 anos mas continua no auge corporal.

A mãe de Shemar foi ou ainda é portadora de esclerose múltipla e na tentativa de auxiliar pesquisas nessa área ele passou a organizar um torneio ciclístico a fim de arrecadar verbas. Esse é um dos muitos exemplos de usar-se para o bem do outrem, nesse caso, motivado por uma situação familiar. Que bom seria se mais pessoas assim agissem.



terça-feira, 26 de abril de 2011

Eis que surge ...



Anna Clara!
21:05,
há 5 minutos você chegou,
Querida, amada, esperada!

Um dia ...
quem sabe um dia,
você, já menininha,
fique tão feliz
como eu agora

E sorria
quando souber
que mais alguém chegou,
e por mim chegou

segunda-feira, 25 de abril de 2011

As coisas mudam




O auto-conhecimento se dá não só pelo mergulho no "interior do meu interior" mas também pelo conhecimento e pelo convívio com o outro.
Quem me conhece de longa data sabe que as três coisas (não comportamentos) que eu mais odeio são: melão, elevador e pagode.
Mas, senhores e senhoras, as coisas mudam!!! Opiniões, ideias e gostos podem ser reavaliados e mudados. Incrível perceber que isso acontece de verdade!ACONTECE e pode acontecer com qualquer um!
Outro dia, experimentei um melão no CEASA. Um tipo diferente, não esse amarelo. Estava bem gelado e o feirante foi tão galante que parecia um insulto não experimentar. Foi uma surpresa boa demais e acabei me apaixonando pelo melão pele de sapo. Apesar do nome horrível, o sabor é surpreendente. Nesse dia, deixei de ser uma melãofóbica e tenho me permitido até o amarelo.
Sou fã de escadas tanto que não me incomoda subir vários andares, chego até mais cedo para fazer isso. Cronometrei o tempo e até o oitavo andar são 3 minutos em velocidade lenta e passo bem tranquilo. Não gosto de elevador, pela sensação de apnéia e de invasão de território. Elevador panorâmico? Pânico total! Mas ortopedistas podem recomendar que o subir escadas seja evitado para poupar joelhos com condromalácia. Morar em um 16º andar também pode cooperar para essa mudança de opinião e tornar o elevador um meio de transporte muito bem-vindo.
Pagode:"ai vem o desespero, machucando o coração, eu me entrego por inteiro implorando o teu perdão!". Junto com essa letra havia uma dancinha feita por homenzarrões fortões e bigodudos. Quando ouvi isso, quando vi isso ... decidi que odiaria o pagode. Mas quando comecei a aprender a dançar e quando um pagode foi usado para responder uma situação bem pessoal, minha opinião mudou. Não virei fã, mas o ódio passou e agora vejo com outros olhos as rodinhas de pagode pelas calçadas da cidade.
Portanto, queridos amigos, no próximo amigo da onça um vale-elavador, com CD de pagode e melão amarelo deixarão de ser presentes engraçados. Declaro encerrada a fase tortura MEP (melão-elevador-pagode).
Deixa acontecer naturalmente ...

http://www.youtube.com/watch?v=tKChV_aBLcc&feature=fvwrel

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Há 20 dias ....

Não entendo a cultura do desapego
Acredito no apego
Acredito e me apego a isso
Mas talvez seja hora de desapegar
Entender que não existe infinito no que é finito

Ergo sum: Penso, logo existo !
A existência é finita
Finitos são os relacioamentos
Finitos são os compromissos
Finitos são os desejos
Finitos ...

Carpe diem: Aproveite o momento!
Aproveite pois o momento é finito
Desaparece, como a neblina
Se perde
Se esvai
Se vai
Se esvazia
Finito ...

Se foi
Fiquei eu
Na finitude
Na incompletude

Há 20 dias ...
O que foi?
Passou, não lembro
20 dias, se foram
Acabou
Findou

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Sozinho acompanhado

Solidão na multidão
Solidão no grupo pequeno
Solidão a dois
Sozinho acompanhando

Solidão sozinho
Só eu
Eu só

Eu

Sozinho acompanhado
Truco
Blefe?

Vai saber ...
Todo mundo é só
Sozinho só
Sozinho acompanhado

http://youtube.com//watch?v=LU_QR_FTt3E
O que se quer da vida?
Viver é mais um ciclo com começo, meio e fim. Algumas pessoas nascem sabendo o que serão, por exemplo, os filhos de reis. O príncipe William sabia antes de existir que sua vida estaria ligada à política inglesa.
Outras pessoas vão descobrindo caminhos ou trilhando os caminhos já abertos por antepassados, como por exemplo nos negócios familiares que vão passando por gerações e gerações.
Sempre, você será avaliado contra alguma parâmetro que determinará se você é ou não um sucesso. A resposta a isso irá determinar a quantidade de pessoas que irão te querer por perto e as oportunidades que irão surgir.
Se você tem 1 ano e começou a engatinhar, ok, você é um sucesso; aos 2, espera-se que você comece a falar; no final da primeira década, você tem que escrever, ler e falar seu idioma materno com intimidade; aos 20, espera-se que você tenha concluído o ensino médio, feito um curso técnico, entrado na faculdade, e esteja falando e escrevendo mais um ou dois idiomas além do seu idioma materno; aos 30, espera-se que você esteja empregado, casado ou emocionalmente encaminhando... Muito bem, este é o padrão de sucesso e existem pessoas que o buscam com muito afinco. Conseguem e se sentem frustrados.
Então, o que se quer da vida?
Algumas pessoas vivem como se não estivessem onde estão. Vivem na espera e na esperança da mudança e da novidade.

domingo, 17 de abril de 2011

A simplicidade da beleza

As coisas mais lindas e mais significativas da vida são as mais simples.
A companhia de pessoas queridas em momentos importantes faz sentir-se amado na alegria e na tristeza. Que privilégio poder viver isso!

http://www.youtube.com/watch?v=MGmUHepwVE8

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Mexa-se!

A atividade física faz bem para o corpo e para a mente também. Vários são os estudos que usam modelos animais e humanos para mostrar que mexer-se de forma programada além de melhorar o tônus muscular, desencadeia uma série de mecanismos fisiológicos que resultam no bem-estar geral da pessoa humana.
Atividades individuais como a natação, treinam a concentração, o foco, o atingimento de metas pessoais.
As atividades em grupo como a dança, treinam o respeito, a confiança, a atenção e acima de tudo a socialização.
Seja sozinho, em dupla ou em grupo, mexer-se é importante.

Ossos do ofício

Depois de ensinar, avaliar o aprendizado de um aluno é o que julgo ser mais difícil.
Usando o método de prova individual 30% objetiva/70% dissertativa, 60% dos meus alunos ficaram abaixo da nota média! Quer dizer: somente 40% captaram o conteúdo e conseguiram responder às questões propostas em prova. Nenhum aluno gabaritou a prova e a maior nota foi 9,5.
Conversei com professores de outras disciplinas e o desempenho em prova foi parecido.
As provas aconteceram todas na mesma semana e acredito que esse seja um fator a ser levado em consideração; além disso, muitos alunos começaram nas turmas na segunda quinzena de março, então muito conteúdo foi perdido. Seja lá como for, média 4,0 é ruim demais!
Esse desempenho me incomoda muito pois me sinto avaliada por ele também.
Não posso ter a ingenuidade de acreditar que todos irão conseguir entender. Existem muitos fatores envolvidos nesse processo e eu não tenho poder sobre a maioria deles mas que eu tenha sabedoria para fazer o melhor no que eu puder ser melhor do que sou agora.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Realengo

O dia de ontem começou com o rádio-relógio me falando que alguém pegou carona no avião da presidente. No meio do dia, pouco antes do almoço, fiquei sabendo que um rapaz de seus 20 e poucos anos havia entrado em uma escola do Realengo no Rio de Janeiro e atirado nos alunos. Alguns morreram, outros ainda estão hospitalizados e os números só não são maiores porque alguns alunos conseguiram fugir e pedir ajuda a um policial militar que atingiu o rapaz atirador na perna e que logo depois se matou com um tiro na cabeça. Duas situações de invasão. É óbvio que a primeira notícia foi abafada pela segunda e ontem e hoje e pelas próximas semanas haverá um sem número de interepretações e leituras do que aconteceu. Chorei quando soube da história do Realengo. Tenho circulado por escolas públicas de São Paulo e convivido um pouco com os professores, funcionários e alunos. Já vi cenas de violência entre os alunos, que foram parar na mídia local, envolveram a Guarda Escolar e que culminaram com a expulsão/transferência dos responsáveis. As escolas que visitei têm um controle razoável dos que passam pelos portões. Alguns pulam os muros altos, mas o acesso não é tão simples. O rapaz do Realengo era ex-aluno. Entender o por quê de sua atitude ocupará várias mentes e teorias diversas serão postuladas. O Estadão de hoje diz que ele havia sido Testemunha de Jeová e que estava atualmente envolvido com o islamismo. Os grupos islâmicos brasileiros já disseram que não têm nada a ver com essa história. Muitas vozes vão tentar explicar e buscar a motivação do Wellington, o rapaz do Realengo, e outras tantas vão tentar se defender. No meio disso tudo, existem pelo menos até agora 13 mortos, outros tantos feridos, alguns em estado grave. Crianças, adolescentes, vidas novas. Alguns Wellingtons em potencial, outros tantos anônimos que seriam mais alguns brasileiros de classe média-baixa e outros tantos anônimos que talvez conseguissem ser mais que isso. Histórias que tiveram ponto final em 07 de abril de 2011 por causa de um rapaz chamado Wellington, solitário, triste, quieto, nenhum ou poucos laços. Analisar tudo isso, entender tudo isso ... algumas explicações vão se formar, mas nenhuma vai ser boa o bastante para trazer à vida aqueles todos que se foram. Meus sinceros sentimentos e minhas orações pelas famílias enlutadas.