segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Desrespeito à pessoa humana

Fui apresentada ao termo "pessoa humana" há pouco tempo
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110128/not_imp672086,0.php

Na alegria e na tristeza

Viver em comunidade é compartilhar alegrias e tristezas. Em um dia comemoramos nascimentos, casamentos, aniversários, conquistas e no outro dia choramos as doenças, os acidentes, as perdas, as derrotas e as mortes.
Em um dia estamos todos lindos, cheirosos, bem vestidos, sorridentes e muito bem alimentados, no outro, estamos todos feios, fedidos, vestidos de qualquer jeito, com os olhos fundos de tanto choro e falta de sono e sem coragem para se alimentar.
Nos dois cenários, brota o abraço de carinho e acalanto e o ombro que fica molhado com a lágrima que não para de cair. As personagens são as mesmas e quando essas passagens são compartilhadas o relacionamento sai da superficialidade e vai ganhando profundidade e enraizando-se. Daí nascem as histórias de grandes amores e amizades.
Hoje, a terra cobriu a história de um dos meus. A saudade dói demais mas a tua história ficará viva na lembrança dos teus grandes amores e amizades.
Assim vai ser até que nos encontremos outra vez na eternidade e será essa a esperança que nos ajudará a conviver com a tua ausência.
Até breve, amigo.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Noite

Quanto dura uma noite? Depende.
Hoje a previsão é de que o sol se ponha às 19:57 e que nasça às 06:41, ou seja, a noite vai durar pouco menos de 12 horas.
Existem noites que duram bem mais que isso e para as quais não existe previsão de nascer de sol. Noites da alma são assim, a luz se vai, vem a noite e o novo dia demora a vir. Mas um dia ele vem e devolve a vida à vida.

Devaneios musicais

"Chorar desopila o fígado", dizia minha vó.
Não sei qual é o limite de lágrimas que alguém pode produzir e nem quanto é preciso para desopilar o fígado mas "chorar um rio de lágrimas" pode levar ao ressecamento dos órgãos internos e também ao afogamento. Em dias chuvosos então "lágrimas e chuvas molham o vidro da janela mas ninguém me vê", ou seja, o choro atrapalha a visão do outro.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Escolhas

Os critérios que movem uma escolha são os mais diversos. Nem sempre a vontade pessoal pode ser considerada, mas sim a necessidade de uma determinada situação. Renuncia-se à vontade e opta-se pela necessidade.
Esse tipo de comportamento é nobre quando se escolhe por um grupo e quem optou por isso pode encontrar a plenitude e o significado de toda uma vida. Mas as escolhas de vida inteira, podem adiar ou anular os sonhos pessoais.
São privilegiados os que tem a oportunidade de escolher novamente e que optam pela mudança. Escolhas geram resultados que culminam com a instalação de uma zona de conforto em que tudo parece funcionar muito bem.
A escolha de retomar um sonho adiado é uma decisão difícil pois leva à renúncia de algumas conquistas sedimentadas. O conforto cede à turbulência onde a montaha-russa emocional e financeira assume o lugar do que antes era a tranquilidade de um lago espelalhado. Nesse momento, deve-se ter equilíbrio e a maturidade de esperar

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Próximos temas

Brigite Bardot
Dia do farmacêutico
Filme do G Cloney Amor no ar
EJAs : educação de jovens e adultos
A linguagem da era digital
Aniversário de SPaulo
DOação de sangue e de órgãos
CERVI e CENA
Adoção

Sonhos

Há algum tempo, aprendi que sonhos morrem. Mas também aprendi que a capacidade de sonhar não morre enquanto a vida existir, que o luto tem algumas fases e que o inteligente é aquele que aprende sozinho enquanto o sábio é aquele que aprende com a experiência dos outros.
O sucesso de um sonho depende de fatores que nem sempre são do controle de quem sonha e por isso o sonho pode morrer pelas mãos do sonhador ou por mãos alheias. O que resta desse processo de morte são o luto e a sensação de que a razão de viver se foi junto com o sonho que morreu pois quando ele morre também morre o desejo que deu sentido às escolhas de imaginar, de planejar, de construir castelos no ar, de tomar decisões, de agir e de ter a ilusão de que ele poderia tornar-se real.
Porém, se o sonhador tiver um fiapo de esperança de que são verdadeiras as palavras de quem afirmou que a capacidade de sonhar não se esvai, apesar de todo o peso de sua perda, seu coração irá se aquietar, ficar em silêncio, deixar o luto passar por suas fases e esperar pelo novo. Depois disso, sentir-se-á vivo e sonhará outras tantas incontáveis vezes enquanto o pulso ainda pulsar. Essa poderá ser uma oportunidade para se testar o caminho da sabedoria.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Sonhos desfeitos

Há um tempo atrás, aprendi que os sonhos morrem mas não a capacidade de sonhar. Também aprendi que o luto por uma morte tem algumas fases: choque, negação, raiva, depressão e aceitação.
Também ouvi que o inteligente é o que aprende algo sozinho e que o sábio é o que aprende com a experiência dos outros.
Sonhos desfeitos são uma ótima oportunidade para testar o caminho da sabedoria pois eles são a morte de um desejo que foi alimentado, maturado e que passou a dar sentido a uma escolha. A escolha  de imaginar, de planejar, de construir castelos no ar, tomar decisões, agir e ter a ilusão de que o sonho poderia tornar-se real.
O sucesso de um sonho depende de fatores que nem sempre são do controle de quem sonha e por isso o sonho pode morrer das mesmas várias mortes possíveis ao homem. Por exemplo, ele pode morrer de causas naturais ou depois de um longo período de internação ou também no auge de suas possibiliades mais prováveis quando todos os sinais indicavam que se tornaria real. Seja lá qual seja o tipo de morte, o que sobra é o luto e a dor da perda. Mas se o sonhador tiver um fiapo de esperança de que sejam palavras de sabedoria aquelas que afirmaram que a renovação da capacidade de sonhar novos sonhos realmente é possível, apesar de todo o peso da perda, ele vai se aquietar e esperar que novos sonhos nasçam.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Gotas

Compartilhar e participar das conquistas de outra pessoa é tão especial ou até mais especial do que os momentos egoístas de felicidade pessoal. Felicidade sinceramente compartilhada pode ser infinitamente melhor do que os momentos de sucessos anônimos e solitários .

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

CID X38, CODAR-12.3 e a democracia da tragédia

A classificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados à saúde, ou CID, é uma codificação criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), utilizada para quantificar as causas de mortalidade e morbidade, e que no Brasil, também é usada para identificar nas guias dos planos de saúde as doenças que estão sendo tratadas e com isso ajudar essas empresas a fazerem as suas próprias estatísticas. No Brasil, os dados do CID vêm da rede SUS (pública e particular) e é possível consultar informações on-line desde Janeiro de 2008 ¹.
Estava curiosa quanto à mortalidade devido à causas externas, mais especificamente, devido à exposição às forças da natureza, mais especificamente, sobre vítimas de inundação, CID X38, mas fiquei decepcionada ao constatar que o sistema on line do governo é uma ferramenta extremamente eficiente para busca de dados porém a base de informações é falha e não cheguei ao refinamento de dados que eu queria.
Busquei dados da Defesa Civil e descobri que as enchentes são classificadas como "Desastres naturais relacionados com a geodinâmica externa" mais especificamente como "Desastres naturais relacionados com o incremento das precipitações hídricas e com as inundações" ou simplesmente CODAR-12.3, mas também não encontrei informações sobre o número de mortos devido às inundações. Então, procurei no Google o histórico de desastres naturais no Brasil e descobri que em 1967, a cidade de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo, foi praticamente destruída por conta de chuvas intensas (em um dia choveu mais de 420 mm) e estima-se que os mortos foram em torno de 500; em 2008, em Santa Catarina foram cerca de 150 mortos; no Nordeste, em 2009, cerca de 20 mortos; no Rio, em 2010, cerca de 300 (Angra dos Reis, Ilha Grande, Niterói-Morro do Bumba e capital); em São Paulo, também em 2010, cerca de 80 mortos; até agora, nesse janeiro de 2011, na região serrana do Rio de Janeiro já são quase 700 mortos e em São Paulo cerca de 30.
Não busquei dados sobre desabrigados, mas com certeza os números são pornográficos.
Chove sempre, é o ciclo da natureza. Os rios transbordam, a terra encharca e quando existe um morro haverá deslizamentos. Ou respeita-se as chuvas e seus desdobramentos ou paga-se o preço pelo desrespeito.
Muitas vezes uma região invadida não é judicialmente desapropriada pois o argumento social da moradia acaba sendo mais forte do que o argumento do risco de vida. É absurdo, mas é o que acontece. Se houver a desapropriação, para onde irão essas pessoas? Contar os mortos e os desabrigados depois das tragédias que notoriamente irão acontecer parece ser o modo mais fácil de lidar-se com a situação.
Por isso, não sei até quanto o sistema de alarme de desastres que deveria ter sido instalado no Brasil há pelo menos 5 anos ou os piscinões prometidos nas campanhas do PSDB aqui em São Paulo mudariam a história desses números.
Dessa vez, a tragédia foi democrática e não foram somente os pobres os mortos mas muitas famílias abastadas que passavam férias em seus casarões na serra também morreram. Mas ... se os mortos fossem somente os pobres será que as ações teoricamente definitivas para resolver os problemas teriam sido encaminhadas ou será que completariam mais um ano sem movimento algum?
Enquanto isso, a soliedariedade vêm de todos os lados e são muitos, dentro e fora do Brasil, que enviam donativos para as vítimas da tragédia e que esperam com toda a sinceridade que a doação chegue a quem necessita e que alivie um pouco do seu sofrimento. Mas ... será que as doações chegarão aos necessitados ou serão moeda de troca de favores políticos?
As "águas de março" ainda estão longe demais e os números de mortos, órfãos, viuvos e desabrigados, aumentarão a cada dia.
Que o CID X38 de janeiro de 2012 seja corretamente compilado e mostre que o respeito à dignidade humana virou coisa séria em nosso país.

¹http://www.tabnet.datasus.gov.br/cgi/tab.cgiexe?sih/cnv/fruf.def

A democracia na tragédia

A chuva é um fenômeno que se manifesta pela queda de água na forma líquida sobre a superfície do planeta.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A nacionalidade de Picasso






Semestralmente, meus alunos são submetidos a uma prova para mensurar conhecimentos gerais e conhecimentos específicos através de questões de múltipla escolha e questões dissertativas.
Em uma dessas provas, na parte de múltipla escolha de conhecimentos gerais, foi perguntado qual era o motivo que levou à destruição da cidade de Guernica no quadro homônimo de Picasso. As alternativas eram:

a) Ataque das tropas nazistas durante a II Guerra Mundial.
b) Republicanos espanhóis apoiados pela União Soviética durante a Guerra Civil.
c) Forças do exército francês na I Guerra Mundial.
d) Tropas do governo espanhol para sufocar a revolta separatista basca.
e) Bombardeio da aviação alemã em apoio ao General Franco contra os republicanos.

Quando fiz a correção com uma de minhas turmas, uma aluna veio conversar comigo e me explicou que havia escolhido a alternativa (c) pois era a que lhe parecia fazer mais sentido devido à nacionalidade de Picasso. Não entendi a lógica de minha aluna e pedi para que ela me explicasse melhor como havia chegado àquela conclusão. Então fiquei sabendo que Picasso era francês (!). Pedi para que ela me dissesse de onde essa informação viera e aí a explicação foi : "A Renault é francesa. O Picasso é um carro da Renault. A Renault, que é francesa, fez um carro e deu a ele o nome de um cidadão francês. Logo, Picasso é francês!".
Não sei por que a Renault deu o nome de "Picasso" a um de seus carros mas Picasso não era cidadão francês.
Poderia apenas ter achado a situação engraçada mas fiquei refletindo e me pergunto até agora: o que é um conhecimento geral no contexto atual, nesse cenário globalizado e informatizado?
O volume de informação disponível é muitas vezes maior do que aquele que era divulgado nas enciclopédias como a Barsa que anualmente era atualizada com o "livro do ano".
Tenho a impressão que esse volume imenso de informação está criando grupos de interesses cada vez mais específicos e que os conceitos de "público", "global", "geral" ficam difíceis de definir. Já ouvi dizer que "público" é algo que foi publicado por alguma mídia, mas se essa mídia não chegou até mim então o público não é "global" e nem "geral". Como definir um conhecimento "global" ou "geral"? Quem define isso? O que é realmente relevante para todos os que têm acesso à formação escolar? Será que faz sentido para um brasileiro saber qual é a nacionalidade de Picasso e que "Guernica" retrata o bombardeio alemão à cidade de Guernica em apoio a Franco? Em todos os semestres, este é o questionamento que meus alunos me fazem sobre as questões de conhecimentos gerais.
Acredito que o conhecimento externo a um universo particular contribua para a criação de um arquivo pessoal de informações diversas que ampliarão a possibilidade de associações para resolver problemas do dia-a-dia. Um exemplo disso é o logo das olímpiadas do Rio. Na formação de um profissional de publicidade espera-se que façam parte a arte e a visualização de produtos de concorrentes. Sendo assim, é óbvio que o quadro " A dança" de Matisse² e que o logo da Telluride foundation³ podem ter servido como inspiração para a criação do logo (4).
Confesso que tenho dificuldade em responder ao questionamento dos meus alunos pois compartilho da dúvida mas continuo acreditando que o acesso ao conhecimento e não só a informação instantânea e pontual fazem muita diferença na qualidade do conteúdo que um cérebro pode armazenar.
A saber, a resposta correta é a (e) e Picasso, ou Pablo Diego José Francisco de Paula Nepomuceno María de los Remédios de la Santíssima Trinidad Ruiz y Picasso, ou Pablo Picasso, nasceu em Málaga, na Espanha, e morreu em Mougins, na França.


¹ "Guernica" atualmente faz parte da coleção do Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, em Atocha, Madri, Espanha, disponível em: http://www.museoreinasofia.es/
²"A dança" atualmente faz parte da coleção do Museu de Arte Moderna de Nova York, EUA, dispónível em:

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Bolo de caneca

Recentemente descobri que caneconas servem como forma de bolo. Tenho uma dessas e a uso como recipiente para vários tipos de comida, nas mais diversas temperaturas e formas físicas. Uso para tomar água, chá, chocolate, suco, café, sopa, comer amendoim, sucrilhos, pipoca, salada e fiquei muito orgulhosa em saber que ela também serve como forma de bolo! Testei a receita de uma prima e consegui um bolo bem gostoso. Depois disso, aumentei o respeito pela minha canecona multiuso !!! A quem interessar possa, segue a receita.

Receita
Ingredientes:
Parte seca: 4 colheres de sopa de farinha de trigo, 3 colheres de sopa de açúcar refinado, 2 colheres de chocolate em pó (pode ser achocolatado tipo "Nescau", chocolate do Padre, usar café em pó solúvel ou aquelas misturas de capuccino), 1 colher de café (colherinha) de fermento em pó
Parte líquida: 4 colheres de sopa de leite, 1 ovo, 2 colheres de óleo de milho

Modo de fazer: colocar a parte seca na canecona e misturar bem. Adicionar a parte líquida e misturar até obter uma massa lisa (a mistura fica melhor se usar um batedor de claras ou um garfo, mas dá para ser com colher de sopa também). Assar por 3 minutos na potência máxima do microondas (acho que dá para fazer em forno, mas o tempo de cozimento deve ser de uns 10-15 minutos). Deixar esfriar por mais uns 5 minutos, passar uma faca de lâmina lisa na lateral da canecona e desenformar ou comer com colher na própria canecona!

Variações: se quizer bolo de fubá, substituir o chocolate por fubá e diminuir uma colher de farinha (ficariam 3 colheres de farinha de trigo + 3 colheres de fubá) e colocar sementinhas de erva doce; cobertura para o bolo de chocolate: misturar chocolate em pó com creme de leite, ou misturar chocolate em pó com leite condensado e deixar cozinhar até próximo do ponto de brigadeiro.

Chuvas


As chuvas de verão sempre existiram porém em uma cidade com quase 11 milhões de pessoas e 7 milhões de veículos, com 3 grandes rios com vias de extrema importância para a circulação margeando-os, com vias principais próximas desses rios e dependendo das marginais para que o trânsito flua, com bocas de lobo entupidas e lixo não recolhido nas calçadas, o que se pode esperar? A resposta lógica para essa situação é: ruas cheias de água e circulação de veículos e pessoas impossibilitada ! Nessa fase do ano, a cidade deveria mudar seu ritmo de funcionamento para se adequar ao ritmo das chuvas. Por exemplo, a "pega-peão", chuva que atinge o apogeu no horário de saída dos que entram entre 7:30-9:00, começa por volta das 16 hs. Se todos sabem que é isso que acontece, por que não reajustar o horário de entrada e saída ou criar um banco de horas-chuva? É idiotice tentar enfrentar a chuva! Pelo menos até março, ela será foco em toda a mídia, e as notícias serão as mesmas dos anos anteriroes, só mudando a data e os personagens: ruas alagadas, carros levados pela correnteza, carros fervendo, carros batendo-se, gente morrendo afogada, gente ilhada, acidentes. A chuva não vai parar, então "deixa chover, deixa a chuva molhar!"¹ e que ações mais lógicas nos ajudem a conviver com as águas sem traumas.

¹ Arantes, G., Deixa Chover, 1981, disponível em http://www.guilhermearantes.net/deixachover.htm

domingo, 9 de janeiro de 2011

Famílias

A família genética não é uma opção. É uma herança que recebe os "cargos" de tios, tios-avós, avós, primos, sobrinhos, de 1º, 2º, 3º e todos os graus que o conjunto dos números reais permitir. As afinidades e empatias nem sempre existem mas apesar disso, algumas vezes, existem o bom-senso e o esforço sincero da convivência ligada pela história comum. Porém, inimizades, traições, incidentes e acidentes da vida e principalmentes os espólios tornam os laços fragéis e algumas vezes os dissolvem. Nessas horas, os advogados entram em cena e tentam chegar ao denominador comum que geralmente marca o fim do relacionamento histórico ou genético. Prefiro ser partidária do esforço e do bom-senso, mas seria ingenuidade acreditar que isso seria o suficiente para manter a estrutura funcionando de forma saudável.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Capitalism, a love story

O documentário "Capitalism, a love story" feito por Michael Moore é um mergulho nas entranhas do capitalismo dos EUA desde seus primórdios. A crise econômica recente é dissecada e explicada detalhadamente. A desocupação de casas por causa das hipotecas, a perda de empregos, os movimentos políticos e os lobbies, fazem os problemas de nosso país parecerem menores que os deles. Porém, o contexto brasiliero é muito diferente e os nossos problemas são outros mas existem pontos comuns como a ganância desmedida daqueles que já têm muito, o sofrimento desgraçado dos que têm pouco, a solidariedade que brota quando até a mídia e a polícia se percebem como parte dos que estão nas camadas menos favorecidas, a esperança de virada quando políticos têm a coragem de representar as dores do povo em discursos que escancaram a realidade da maioria da população que o Congresso finge não ver. A crise não aconteceu em um minuto mas foi o resultado de décadas de ações elitistas. O documentário termina com a eleição do Obama, mostrando como algumas instituições que geraram a crise participaram do financiamento de sua campanha e do movimento de alguns cidadãos contra essas mesmas instituições. Do povo para o povo e não somente para os de Wall Street é a mensagem final.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Insanidade coletiva

Não sei se alguém é o autor ou se é do senso comum a frase "Repetir mais do mesmo e esperar um resultado diferente é insanidade". Seja lá de quem for a autoria, as ciências exatas atestam a sua veracidade pois somando-se os mesmos números chega-se ao mesmo resultado. No meio político democrático existe algo chamado de oposição que teoricamente deveria equilibrar o fiel da balança e evitar parcialidades. Tenho visto comentários sobre a ausência de oposição política no Brasil desde que o que era chamado de oposição se assentou em Brasília, ou seja, o que sempre foi situação não soube ser oposição quando mudou de posição. "Deixa o homem trabalhar" foi um dos bordões do governo Lula e me parece que essa frase ganhou um respeito tal que os sons contrários foram abafados e o homem trabalhou e terminou o governo com um nível de popularidade altíssimo. Acredito no poder do pensamento diferente para gerar o desconforto do qual nasce a mudança. Na próxima década teremos Olimpíadas e Copa do Mundo e talvez estes sejam anestésicos mais fortes que frases para calar qualquer oposição. No meio disso tudo, será que mais uma vez será o Lula quem terá a lucidez de se levantar como líder de uma nova oposição uma vez que o FHC e demais políticos não conseguiram fazer esse movimento na última década? Ou será que viveremos uma década de insanidade coletiva?

Enfim ... eu!

Depois de 11 ensaios de texto, depois de ler , reler, compartilhar, pensar, repensar , decidi escrever usando meu nome. Mesmo sendo eu, continuo a ser um ser pensante que acredita no simples e em tudo o que já disse e redisse. Os que quiserem se achegar, serão bem-vindos sempre!

domingo, 2 de janeiro de 2011

Digerindo a dor da alma

Discordo de quem disse que o tempo cura a dor. Ele dilui, mas não cura. A cura de uma ferida só acontece quando existe a decisão consciente de cuidar.  O tratamento pode ser lento e também causar alguma dor. A dor de curar a dor. Cada um digere sua cura em ritmos diferentes. A cicatriz é inevitável mas fica como um monumento à coragem de lutar e uma lembrança à sabedoria de ter optado em olhar para fora e finalmente ter entendido que a vida vale mais.

Declaração de desistência

Ter, fazer e ser ...  trinca que faz uma trança, aprisiona e distorce valores.
Cansei do complicado. Desisto!
Que o ser volte a ser vivo.
Que venha o simples.
Que venha a vida.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Um pouco mais ...

De afeto
De bondade
De carinho
De dúvida
De esforço
De fidelidade
De justiça
De verdade

Um pouco mais de coragem para fazer um pouco mais
Sair da mediocridade do conforto
Fugir da prisão particular
Ser mais para alguém
Ser menos para si
Viver a excelência da vida plena
E dormir em paz