Há algum tempo, aprendi que sonhos morrem. Mas também aprendi que a capacidade de sonhar não morre enquanto a vida existir, que o luto tem algumas fases e que o inteligente é aquele que aprende sozinho enquanto o sábio é aquele que aprende com a experiência dos outros.
O sucesso de um sonho depende de fatores que nem sempre são do controle de quem sonha e por isso o sonho pode morrer pelas mãos do sonhador ou por mãos alheias. O que resta desse processo de morte são o luto e a sensação de que a razão de viver se foi junto com o sonho que morreu pois quando ele morre também morre o desejo que deu sentido às escolhas de imaginar, de planejar, de construir castelos no ar, de tomar decisões, de agir e de ter a ilusão de que ele poderia tornar-se real.
Porém, se o sonhador tiver um fiapo de esperança de que são verdadeiras as palavras de quem afirmou que a capacidade de sonhar não se esvai, apesar de todo o peso de sua perda, seu coração irá se aquietar, ficar em silêncio, deixar o luto passar por suas fases e esperar pelo novo. Depois disso, sentir-se-á vivo e sonhará outras tantas incontáveis vezes enquanto o pulso ainda pulsar. Essa poderá ser uma oportunidade para se testar o caminho da sabedoria.
"Sonho que se sonha só é um sonho só. Sonho que se sonha junto é realidade" (Raul Seixas, se não me é falha a memória).
ResponderExcluirNão conhecia essa frase. Concordo, sonho que se sonha junto tem um gosto melhor que o sonho solitário.
ResponderExcluirValeu!